Já faz algum tempo em que a arquitetura vive um paradoxo. A construção de uma linguagem própria, seja de um país, ou de uma determinada região, ou até mesmo de um indivíduo, na arquitetura foi colocada em questão. A arquitetura que outrora se tornou tão racional/funcional, provou ser ineficaz ao trabalhar com humanos. Por quê? Infelizmente, não somos máquinas, temos gostos diferentes, características diferentes,
cada um de nós é peculiar na sua maneira de ser, e desejamos sim, ver nosso reflexo no mundo.
Arquitetura repetitiva, minha casa, minha vida, como transformar um ser humano em apenas um problema para resolver. |
Pergunto então, como uma arquitetura repetitiva pode gerar uma linguagem individual? Impossível. A aqueles que acreditam ver diferença de um projeto ao outro, existem sim diferenças, mas como elas aparecem na Macro-escala, em um contexto global? Iguais.
Habermas defende amplamente o modernismo, considera este um projeto inacabado. No entanto, tem como meta buscar aquilo que nos une sem retirar nossas diferenças, direitos iguais, sem o dever de ser igual, aceitar as diferenças. O modernismo da atualidade, em nenhum instante, busca alternativas diversificadas das já desenvolvidas em seu auge, é nas vertentes posteriores ao modernismo, que podemos perceber uma forte necessidade de uma imagem própria.
Mas quais sãos as implicações de uma sociedade igual ? Existem apenas lados negativos? Jamais. Uma sociedade igual, possui uma identidade global, portanto, é mais tolerante e busca através da colaboração de todos uma união. Essa união que na nova era é extremamente importante, também tem seus lado negativos no que concerne a nossa individualidade, o nosso direito de ser quem somos...
Esse é o paradoxo da arquitetura na atualidade, mas só o tempo é capaz de mostrar qual o rumo certo a tomar...
Marco A Zoch
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