09 dezembro 2011

Multifacetada Arquitetura



   Já faz algum tempo em que a arquitetura vive um paradoxo. A construção de uma linguagem própria, seja de um país, ou de uma determinada região, ou até mesmo de um indivíduo, na arquitetura foi colocada em questão. A arquitetura que outrora se tornou tão racional/funcional, provou ser ineficaz ao trabalhar com humanos. Por quê? Infelizmente, não somos máquinas, temos gostos diferentes, características diferentes,
cada um de nós é peculiar na sua maneira de ser, e desejamos sim, ver nosso reflexo no mundo. 
Arquitetura repetitiva, minha casa, minha vida, como transformar um ser humano
em apenas um problema para resolver.
   Pergunto então, como uma arquitetura repetitiva pode gerar uma linguagem individual? Impossível. A aqueles que acreditam ver diferença de um projeto ao outro, existem sim diferenças, mas como elas aparecem na Macro-escala, em um contexto global? Iguais. 

   Habermas defende amplamente o modernismo, considera este um projeto inacabado. No entanto, tem como meta buscar aquilo que nos une sem retirar nossas diferenças, direitos iguais, sem o dever de ser igual, aceitar as diferenças. O modernismo da atualidade, em nenhum instante, busca alternativas diversificadas das já desenvolvidas em seu auge, é nas vertentes posteriores ao modernismo, que podemos perceber uma forte necessidade de uma imagem própria.
   Mas quais sãos as implicações de uma sociedade igual ? Existem apenas lados negativos? Jamais. Uma sociedade igual, possui uma identidade global, portanto, é mais tolerante e busca através da colaboração de todos uma união. Essa união que na nova era é extremamente importante, também tem seus lado negativos no que concerne a nossa individualidade, o nosso direito de ser quem somos...

Esse é o paradoxo da arquitetura na atualidade, mas só o tempo é capaz de mostrar qual o rumo certo a tomar...

Marco A Zoch

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, comente!