Hoje m
uitos acreditam estarmos andando na direção correta, se projetam habitações sociais com o intuito de se sentirem pessoas melhores, quando na verdade não passa de uma atitude remanejadora, creem estar resolvendo um problema, que resolvem de forma desumana, tratam pessoas como lixo.
|
Coleta Seletiva, separando ou segregando, qual é o limite? |
No seu tradicional comodismo mundano, se sentem responsáveis por jogar seu lixo de maneira seletiva, orgânico, papel, plástico,vidro e metal, cada um em seu devido cesto, e "lixo humano" em habitação social, prisão, manicômio, é essa normalidade que nos mata, pois nos divide cada vez mais. Como se pessoas fossem algum tipo de lixo, jogadas as traças e muito longe da cidade. Ainda falam aos sete ventos, "dar uma arquitetura de qualidade", onde? Cadê? Não vejo! A mesma arquitetura para todos, como se fossemos iguais. Somos iguais no que concerne os nossos direitos e deveres, mas diferentes em nossas individualidade e forma de ver o mundo, eu realmente acredito que cada pessoa tem uma forma própria de ver a vida, e que deve ser ouvida, a nossa opinião é reflexo dos nossos desejos, anseios, de quem somos e da vida que tivemos, e também daquela que queremos. Tchau era da mecanicidade!
|
Fachada dos Fundos do Copan, será que somos iguais? |
A setorização, que na escala urbana, trata muito mais de uma segregação, criando becos e guetos, bairros de luxo onde "pobres" não podem passar... Não crítico o intuito de gerar morada ou produção seriada aos que não tem condições, no entanto, a forma que ambas são geradas, no seu caráter mais intrínseco, igualdade. O direito de uma arquitetura que expressa o Ser na sua individualidade dentro de um contexto maior, um contexto coletivo. De forma alguma proponho uma miscelânea ao "samba do crioulo doido", mas uma composição harmônica de vários elementos, que juntos formam um todo, cooperatividade.
A respeito da produção seriada, penso que mesmo elementos, podem gerar uma série de combinações diferentes. Consome tempo? Sim, claro. Mas devemos mensurar até quando a vida das pessoas é mais importante do que o tempo gasto. Dar oportunidade do usuário falar se expressar, é só o que basta.
Não uma maneira de enriquecer a construção civil, uma forma de barrar o processo tosco, repetitivo, não pensado.
Marco A Zoch